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A Descoberta das Américas
Texto original do Italiano DARIO FO
Prêmio Nobel da literatura em 1997, direção da Italiana ALESSANDRA VANNUCCI e performance do ator carioca JULIO ADRIÃO, Prêmio Shell de Melhor Ator visto por mais de 250 mil pessoas em cerca de 400 apresentações pelo Brasil e exterior.
APRESENTAÇÃO
O espetáculo A Descoberta das Américas desde 2005 vem traçando um caminho abrangente geograficamente e diverso se levarmos em conta os variados públicos e ambientes que já percorreu.
Pequenas cidades do interior a grandes centros cosmopolitas, circuitos universitários a longas temporadas em casas e salas de teatro já reconhecidas por acolher atividades do gênero, e a participação nos mais expressivos festivais do Brasil possibilitaram uma grande diversidade de público com o espetáculo solo de Julio Adrião, que a partir de um sofisticado aparato técnico de interpretação e da quase ausência de recursos técnicos em cena, conta “parte da história da nossa história” e propõe uma reflexão sobre os princípios de nossa colonização
“Julio…você é o ator mais despudorado,mais nu, mais liberto de qualquer convenção;dominando músculo,língua, voz, olhos, tudo de uma maneira que não esquecerei.”[Sergio Brito]
“ O ator está absoluto em cena…A intensidade que o ator empresta à passagem do tempo e as peripécias do homem revela recursos para atuação consistente.” [Macksen Luiz -Jornal do Brasil
26/10/2005]
“Jamais em minha vida vi o clássico e o popular, o épico e o romântico em tão perfeita harmonia como nesse espetáculo”[Fausto Wolff – Jornal do Brasil 05/02/2006]
“O trabalho de Júlio Adrião é de primeira ordem, uma obra de ourivesaria em detalhe que preserva a ilusão de improvisação, o fluxo da narrativa dando sempre a idéia de que foi falar de um detalhe que provocou a lembrança do seguinte.”[Bárbara Heliodora-O Globo 27/10/2005]
Um dos maiores sucessos da década, a premiada ‘A Descoberta das Américas’, rendeu Prêmio Shell de melhor ator ao ator Julio Adrião que iniciou oitavo ano de itinerância!
A Descoberta das Américas, de Dario Fo, direção de Alessandra Vannucci, continua navegando no talento do ator Julio Adrião mundo adentro, Brasil afora.
O texto de Dario Fo, inspirado em fatos reais narrados pelo navegador e cronista Álvar Núñes Cabeza de Vaca, revisita de maneira irônica e crítica episódios ocorridos na Flórida do século XVI. Mas a história poderia ser bem daqui, da terra brasileira.
O sujeito conta com admirável maestria os fatos que se sucederam lá pelos idos de 1492, quando, por acaso, ele embarcou em Sevilha numa caravela de Cristóvão Colombo. É um tal de entrar em navio errado, domar cavalo bravo, escapar de virar sopa de índio antropófago, engambelar espanhol metido a esperto, que só vendo, tudo num incontável mix de sotaques, mímicas e interpretações do ator Julio Adrião.
Em 2005, ano da estreia oficinal na cidade do Rio de Janeiro, o espetáculo foi vencedor do Prêmio Shell de melhor ator e, em seguida, eleito pelo Jornal O GLOBO-RJ uma das 10 melhores peças do ano. Entre diversas apresentações em festivais no Brasil e exterior o ator Júlio Adrião cumpriu em 2010 circulação com Patrocínio da BR Petrobras Distribuidora e Governo Federal através da Lei Rouanet, passando por diversas cidades da região Nordeste do Brasil.
A Descoberta das Américas representou o Brasil no FITEI, Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica e antes disso, brilhou no festival MITO, realizado na cidade de Oeiras, onde arrancou aplausos ininterruptos durante 10 minutos. Da cidade lusitana saiu com outro convite para 2010, o festival MindelAct em Cabo Verde.
Segundo Adrião, ”’A descoberta das Américas’ me levou a descobrir o Brasil e, mais recentemente, Portugal, abrindo nossas portas para Cabo Verde e Angola fazendo agora o caminho de volta das grandes descobertas”.
Em 2013 entra seu oitavo ano de itinerância voltando a Portugal pela 3a vez dessa vez com a Mostra de Teatro na Universidade de Coimbra, passando em seguida pela cidade do Porto e Lisboa e no mesmo semestre aportando em Londres no Casa Festival 2012 e Espanha no Festival de Teatro de Ourense – FITO.
Nesses oito anos de carreira do espetáculo considerando todos os circuitos com patrocínios de instituições como Caixa Econômica, Petrobrás – BR Distribuidora, SESI, SESC’S, e todas as temporadas em teatros do Rio de Janeiro como Teatro Leblon, Teatro dos Quatro – Shopping da gávea, Teatro Serrador somamos um quantitativo que ultrapassa a marca 3,5 MILHÕES EM MÍDIA ESPONTÂNEA.
CONCEPÇÃO
A Descoberta das Américas propõe uma renovação da linguagem teatral, apostando na simplicidade, lançando mão de recursos indispensáveis e de um registro de interpretação enérgico, dinâmico que estabelece uma comunicação direta e próxima do público.
Um ator só em cena, sem aparato (cenário, figurino, iluminação e até texto são reduzidos ao mínimo), atua num estado essencial, de emergência. O protagonista da Descoberta, acossado por uma cruel economia da fome que o faz engenhoso, quer sobreviver justamente para narrar sua história. Para dar vida a todos os personagens – índios, espanhóis, cavalos, galinhas, peixinhos, Jesus e Madalena – ele estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores.
Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada detalhe provoca a lembrança do seguinte, como numa história contada de improviso e pela primeira vez.
Julio Adrião (1960) é carioca, ator, produtor e diretor teatral. Formado pela CAL em 1986, trabalhou seis anos na Itália com o Teatro Potlach de Fara Sabina e outras companhias. De volta ao Brasil, em 94, dirigiu o espetáculo de circo-teatro Roda saia, gira vida do Teatro de Anônimo – Prêmio Mambembe de melhor espetáculo 1995 – e a Ópera cômica O elixir de amor, de Donizetti, na escola de música da UFRJ, com direção musical de Ernani Aguiar. Integrou o trio cômico Cia. do público desde a sua formação até 2002, quando realizaram Ruzante. Nesta ocasião, criou com Sidnei Cruz e Alessandra Vannucci o núcleo de produção leões de circo pequenos empreendiment os. Em 2005, com o solo narrativo A descoberta das Américas, de Dario Fo e com direção de Alessandra Vannucci ganhou o Prêmio Shell/RJ de melhor ator. Em 2007, participou da Mini-Série Amazônia, da Rede Globo, no papel de Távora – professor de Chico Mendes criança. Em 2008 participou do Filme Verônica, de Maurício Farias, no papel do traficante Rui e, em 2009, foi convidado pela Nat Geo – (Inglaterra) para o papel do traficante John, na série Locked up abroad – Brazil (Férias na prisão). Ainda em 2009, filmou Sudoeste, com direção de Eduardo Nunes, no papel de Sebastião. Em 2010, foi o Governador Gelino, em Tropa de Elite 2 e o Dr. Guido, em A quente, a frio, de Juliana Reis.
Alessandra Vannucci : Dramaturga e diretora formada na Itália, desde 1996 vive entre lá e o Brasil onde fundou o selo Leões de Circo com Júlio Adrião e Sidney Cruz. Seus mestres foram Luca Ronconi, Benno Besson, Augusto Boal, Eugenio Barba, Donato Sartori. Entre os trabalhos no Rio de Janeiro: Ruzante (2002); A descoberta das Américas de Dario Fo (2005, prêmio Shell para o ator Júlio Adrião), Pocilga (2006), Náufragos (2009), Café de Carlo Goldoni (2010) e Felinda. Na Itália, como dramaturga, assinou as últimas sete peças do Teatro Cargo (Gênova) e foi recentemente indicada ao Premio UBU Melhor Dramaturgia. Como diretora, realizou I Magi (2005, Teatro dell’Opera de Gênova), Arlecchino a ll’inferno (2007, Bienal de Veneza, Premio Arlecchino d’oro para o ator Enrico Bonavera), Sancio Panza e il cavaliere (2008, Festival Internazionale Castel dei Mondi, com Lello Arena); Makunaima- Cattivo selvaggio (2008, MalaFestival – Turim, com Júlio Adrião e imagens concedidas por Sebastião Salgado). Como assessora cultural do Istituto Italiano di Cultura-Rio, realizou os eventos: Acadêmico de academia nenhuma (sobre Giordano Bruno, Teatro Carlos Gomes, 2003); Brasil mediterrâneo (doze clássicos da comédia no Teatro Planetário, 2004); Infinitos universos e mundos (sobre Giordano Bruno e Galileu, Fundação Planetário, 2005); A arte da máscara teatral (Caixa Cultural 2008, com vinda do mestre Sartori e da peça Arlequim no inferno). È ativista de Teatro do Oprimido. Desenvolve projetos de cidadania com não-atores em bairros desfavorecidos, escolas e presíd ios. Recebeu o Premio de Interações Estética e Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2009/2010 com o projeto Madalena – Teatro das Oprimidas.
Doutora em Letras, è professora de Interpretação e Teoria do Teatro.
FICHA TÉCNICA
Tradução e adaptação: Alessandra Vannucci e Julio Adrião
Direção: Alessandra Vannucci
Performance: Julio Adrião
Figurino: Priscilla Duarte
Iluminação: Luiz André Alvim
Fotografias: Débora Amorim
Projeto Gráfico: Ruth Lima
Produção: EmCartaz Empreendimentos Culturais Produção Executiva: Thaís Teixeira Administração: Julio Adrião Produções Artísticas Ltda.